ABRAPESP

A Associação Brasileira de Psicologia do Esporte (ABRAPESP) repudia, de forma veemente, o ato criminoso de racismo cometido contra o jovem atleta Luighi, do Palmeiras. O episódio, ocorrido recentemente, evidencia a persistência de uma violência estrutural que deve ser combatida com todas as ferramentas legais e institucionais disponíveis. Racismo não é opinião, não é provocação: racismo é crime, e deve ser tratado como tal.

O futebol e o esporte em geral não podem ser espaços de reprodução de preconceitos e práticas discriminatórias. O racismo não apenas fere a dignidade das vítimas, mas compromete sua saúde mental e emocional, afetando seu desenvolvimento esportivo e sua trajetória de vida.

De acordo com o recente relatório da FIFPRO, 76% dos sindicatos de jogadores consideram a segurança no ambiente esportivo uma preocupação crescente. O mesmo estudo aponta que 83% dos sindicatos identificam ameaças e abusos, incluindo ofensas racistas, como fatores que impactam diretamente a saúde mental dos atletas. Esses dados são um alerta grave sobre a urgência de ações concretas para erradicar essa violência.

A ABRAPESP reafirma que não há espaço para conivência com racistas no esporte ou em qualquer outro ambiente. É dever dos clubes, federações e órgãos responsáveis garantir que criminosos sejam identificados, responsabilizados e punidos nos termos da lei. Além disso, é fundamental promover programas de conscientização, políticas institucionais de combate ao racismo e suporte psicológico às vítimas.

Reiteramos nosso compromisso inegociável com a construção de um esporte mais justo, seguro e inclusivo. O racismo não vencerá, e a Psicologia do Esporte seguirá firme no enfrentamento dessa realidade, apoiando atletas e promovendo mudanças estruturais.

Associação Brasileira de Psicologia do Esporte (ABRAPESP)